terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Zilho; pelo que?


Ponto I - Cap II  


Quando Zilho foi multado e Báhque, além dos Báh's, tornou-se o Que* 


Após longa viagem com os anciãos, à roda dos caboclos, Báhque veio contar a história de Zilho (que pensava ter sido Jesus).

Zilho sofria o mal que lhe caía bem. Desde a pré-adolescência, julgava-se nino, já não sendo mais. Também julgou-se Jesus. Muitos pensavam que era o cavalo. O que soava como ofensa ao Verdadeiro Cristo. O amor à sabedoria, obediente às leis, que vive na consciência e no coração. 

Zilho tocava o Exú cavalo, Exú menino, Exú Jesus, sem sê-lo, nem mais, nem com, e nem sem, os Exús.

No caminho, Zilho foi tentado a outros caminhos. Ou julgaria-se justo, sem sê-lo na íntegra. Ou julgaria-se pai, sendo que só o Criador o é. Ou 'calcaria-se' humano, ao acusar alguém e colocar-se como vítima social. Ou, ainda, mostraria o 'cofre' às chinas, julgando-se o kãn paraguaio (sem sê-lo). 

O fato é que Zilho demorou a pensar diferente; porém semelhante ao Verbo. A sorte é que escapou das armadilhas que sugeriam julgar-se, ou proceder, como o igual. Sendo que sabemos, conforme as escrituras sagradas, que "Nada é igual ao 'Eu Sou'".

Zilho julgou-se ao próprio Filho Divino, até os trinta. Ao acordar, descobriu que agia em pecado. Por isto foi punido e multado. Custou-lhe os primeiros empregos, namoradas e carro; herança e salários. Tudo, pelo pecado inocente

'Eu Sou' já dizia: 'Não cobiçar; Nem a vaca, nem o boi'. Mas, julgar-se Jesus era o cúmulo à inocência pecaminosa. Logo Jesus, que morreu por nós. Salvo; Vivendo, em comunhão com os cristãos, até hoje.

"Este foi apenas o terço rezado por Zilho" - Disse o Mestre - "E, por ter vindo dizer aos Báh's; desaproprio-me deste pedaço. Desde já, Sou apenas o 'Que' (Sou). Além disto; o espírito encarnado sapiens sapiens".

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