terça-feira, 24 de outubro de 2017

Ao céu e à terra - O Mago Mestre (Cartas - Cap I)




ORDEM AO PROGRESSO

Sem escolha, o Mestre negociava barbeadores, isqueiros e colas bonder, na estação dos trens. Ao encontrar o velho amigo, foi questionado quanto a importância das produções voluntárias.

Driblando a questão, disse: 'Enquanto profissionais pós-graduados estiverem em serviços informais, lotaremos as ruas e esvaziaremos as escolas. Pois ordem é pôr as coisas no lugar'.

SOCORRO

'Socorro' - Gritou, o espírito iluminado pelo dia - 'Estou salvo; Livre das madrugadas em claro; Mas ainda há quem tente desviar, os filhos, dos sonhos'.

AOS ANCIÃOS DESTE MUNDO

'Onde chega o velho, chega a linha' - Disse, o Mestre - 'Por isto estamos aqui (onde somos um conosco); Para ajudar-mo-nos'.

O Mago havia sido posicionado, teoricamente (ao blefe), em cima (e na terra); Mesmo sabendo que ninguém está sobre ninguém e o tempo anda para frente.

Tratado como cavalo; Confundido com os velhos que o ajudam; Destratado como cão.

'Este é o Brasil' - Disse, o Mago - Embora ainda existam pessoas boas que ajudam sem pedir nada em troca; Ou contentam-se com o que temos a oferecer'.

'Será longa a batalha' - Respondeu, o Mestre - 'Temos que insistir no projeto vital'.

Ciente, e disposto, o Mago reinicia a jornada.

'Paz na terra'.



Nenhum comentário:

Postar um comentário