quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Progresso .'. Na fluidez do sistema .'.



O mundo atual nos impõe um ritmo alucinante. O trânsito caótico das grandes cidades; Em que tudo precisa funcionar como uma máquina em perfeita sincronia; Onde somos engrenagens do sistema; Fluindo pelas avenidas; Nas filas dos supermercados; No caixa dos bancos. A burocracia pede calma. O povo, inquieto, já nem tem pressa. Acostumou-se com o afunilamento das perimetrais; Em que a velocidade do progresso é proporcional ao aceleramento do avanço de cada indivíduo; Em suas respectivas áreas de interesse; Em seus ritmos próprios .'.

Imóveis vazios, enquanto jovens dormem nas ruas; Água potável lavando calçadas, enquanto alguns reclamam de sede; Vagas de emprego, atrolhando os sites de recursos humanos, enquanto muitos procuram trabalho; Bibliotecas públicas, no aguardo de leitores famintos; Quadras de esporte, quase bocas de fumo; Salas de aula, semi vazias; Professores, em busca de alunos; Estudiosos, em busca de espaço; Trabalhadores, em busca de mercado .'. 

Como gerar um encontro racional de oferta e procura? O que adiantaria oferecer churrasco a um vegetariano e salada a um carnívoro? Moedas jamais solucionariam a vida de um pedinte; Ao pescador, a isca e o anzol; A Cezar, o que é de Cezar; Ao povo, pão e circo? Álcool na gasolina? Água no feijão? Soda cáustica no leite? Ou, entendamos demandas, projetos e desejos, para ajudar a construir o progresso que queremos? 

J.P.D.

Nenhum comentário:

Postar um comentário