quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Poesia é Magia


Durante séculos, o homem vem tentando entender os mistérios do universo. O entendimento provém dos experimentos que faz e da observação dos fenômenos da natureza. Cientificamente, tentamos provar o motivo pelo qual as coisas acontecem. A partir desta compreensão, trabalha-se a desconstrução do que é observado e compreendido. A partir de um processo de reconstrução, adicionam-se novos elementos na tentativa de aprimorar tudo que estiver ao alcance. Este é um procedimento contínuo, e por vezes cíclico, o qual vem permitindo o progresso das civilizações a partir das ciências.

Do mesmo modo, como ocorre com a física, a química e a biogenética, é também com a filosofia e a psicologia. Contudo, transcendendo o que é exato. As ciências filosóficas nos permitem a imaginação transcendental. Da mesma forma, ocorre na literatura com a poesia. Na poesia, podemos violar as regras de sintaxe e semântica, trazendo às palavras novas significâncias. Semiologicamente, e subliminarmente, a partir do abuso das figuras de linguagem e outros recursos, extrapola-se a criatividade na criação.

É preciso entender que as ciências e as letras (principalmente nas construções poéticas) são uma forma matemática e calculista de magia. A magia, assim como os mitos e os ritos, é uma herança ancestral, a qual precede o nosso tempo. De toda forma, é a magia que governa o mundo; O mesmo mundo compreendido pela ciência; E narrado pela poesia. Uma espécie de física quântica a transformar palavras, desejos, pensamentos e sentimentos, em coisas. Uma forma de materialização concreta do abstrato. Tornando real, o imaginário. De todo modo, pela ciência (física quântica), pela psicologia (compreensão e transformação neurolinguística do ser) ou pela filosofia (reflexão existencial na busca e construção de sentidos), poesia é magia. 

J.P.D.

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