quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Consequências das Manifestações


Durante as manifestações de junho deste ano, percebemos um desvio de foco. Os protestos inicialmente pacíficos, e inicialmente composto por pessoas que estavam ali pra defender interesses pré-definidos, agregou a massa de vândalos e baderneiros. Causa esta que teve consequências desastrosas aos interesses dos movimentos sociais.

A primeira consequência foi a depredação do patrimônio público. Como monumentos, telefones públicos, lixeiras e sinalização de trânsito. Além de bancos, empresas multinacionais e estabelecimentos comerciais diversos. Como consequência, tivemos  a danificação da imagem dos interesses da massa e dos movimentos participantes.

Como consequência ao ataque às grandes empresas, a confiança dos países estrangeiros (investidores internacionais) no Brasil foi prejudicada. Reduzindo investimentos e desvalorizando o real frente à moedas como o dólar, o euro e a libra. 

O principal prejuízo de tudo isso é que o desconto ilusório de vinte centavos no custo da passagem de ônibus, custou milhões aos cofres públicos. Ora investindo na reconstrução do patrimônio depredado. Ora investindo no enfrentamento dos policiais contra os vândalos e marginais que, consequentemente, se apropriaram de forma maliciosa das manifestações, desvirtuando o foco inicial dos protestos.

Sim; 'Não são apenas vinte centavos'. Agora é muito mais. Pois, se de uma lado os salários permaneceram congelados originando greves como a dos correiros e dos bancários, de outro lado o leite subiu, o pão subiu, a carne subiu, o arroz subiu, o feijão subiu e muitos outros produtos. Agora encontramos um custo maior frente aos pequenos ganhos pelos quais tanto lutamos nestas manifestações. Precisamos rever nossas posições rebeldes de protesto. Contudo livres do silêncio. Pois agora precisamos reivindicar cada centavo retirado do bolso dos trabalhadores nesta racional, mas também inconsequente, forma de lutar pelo que é nosso.

J.P.D.

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