quinta-feira, 20 de junho de 2013

Mobilidade


Com o advento dos dispositivos móveis, e da ubiquidade dimensionada pela tecnologia, percebemos transformações relevantes nos modelos de interação, conectividade e produção de conteúdo multimídia. Percebemos a popularização dos smatrphones, tablets e computadores móveis com acesso wireless ou 3G. E a partir desta conexão móvel e quase onipresente inicia-se uma revolução no acesso, produção e compartilhamento de conteúdo.

Neste ambiente a inteligência coletiva surge como um novo formato do poder midiático. Aparelhos móveis que integram vários suportes de diferentes formatos de mídia facilitam a navegação em movimento, a captura e o compartilhamento de fotos, áudio, vídeo e texto. Neste sentido, os mercados midiáticos estão passando por um período de adaptação.

De algum modo tornou-se mais acessível e prático tornar-se um produtor de conteúdo. A cada dia mais e mais internautas se conectam na rede e iniciam um processo de consumo, produção de distribuição de conteúdo.

Neste sentido podemos alertar também ao fim da privacidade. Com o surgimento do celular, todos aquele que possuem um aparelho de telefone móvel, ao mesmo tempo em que expandem suas possibilidades de comunicação, reduzem a privacidade ao pondo em que podem ser encontrados em toda parte a todo momento.

Com os serviços de geolocalização e mapeamentos virtuais dimensionou-se o volume dos rastros que os internautas conectados deixam na rede. Se antes poderíamos  mapear os locais virtuais por onde o internauta transita, agora podemos mapear também os locais reais.

O Foursquare, assim como o Instagram, é um exemplo de aplicativo que possibilita sabermos por onde cada usuário andou. A partir das fotos e dos check ins que os próprios internautas registram na rede.

Neste sentido, em nome da conexão e da interação, sacrificamos a privacidade e revelamos ao mundo nossos passos e segredos antes confidenciados. Assim sendo, não há mais como se esconder uma vez em que estamos ligados, plugados e conectados na rede.

Percebemos que á uma transformação cultural ao mesmo tempo em que surgem as inovações tecnológicas. A produção coletiva do conhecimento e a produção colaborativa em rede são exemplos desta nova maneira de comunicar ao mundo.

Eventos cotidianos, que antes eram televisionados exclusivamente pela cobertura da televisão aberta e por assinatura, agora são gravados e compartilhados em tempo real pelos dispositivos móveis.

Como exemplo disto podemos citar os milhares de vídeos que cicularam na internet cobrindo eventos como jogos de futebol, protestos políticos, manifestações culturais, eventos artísticos além do cotidiano de pessoas comuns. Podemos citar como exemplo a escolha do papa ou até mesmo os protestos estudantis em Porto Alegre referentes ao preço da passagem de ônibus nesta semana.

J.P.D.

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