domingo, 12 de maio de 2013

Referenciais


Desde muito tempo os homens buscam referências em cada uma das áreas as quais desenvolvem seus investimentos. Temos referências de moda, de bom caráter, de perfil profissional, de bom aluno, de bom professor, de bom pai, de bom filho, etc. Enfim, buscamos em quem nos espelhar para que possamos desenvolver nossa empreitada a partir de um parâmetro norteador.

Quando criança, muitos de nós deseja ser como os super-heróis dos quadrinhos, dos games e do cinema. Vestimos a fantasia dos personagens, imitamos seus gestos, fazemos uso de seus vocabulários, nos apropriamos da representação de suas identidades e atribuímos a nós mesmos os respectivos superpoderes.

Um pouco além, quando já sabemos diferenciar a fantasia da realidade, seguimos buscando referências naqueles que desempenham atividades que nos despertam interesse ou admiração. O policial, o bombeiro, o lutador de mma, o jogador de futebol, o roqueiro, o surfista, etc. 

Com as garotas é a mesma situação. Quando criança, a maioria deseja ser modelo, atriz de novela, apresentadora de televisão, cantora, dançarina, etc. O certo é que o referencial vai mudando com o tempo. Em cada fase da vida buscamos um exemplo de acordo com aquilo que sonhamos ser e nos dedicamos a nos tornar.

A religião, assim como a política, faz uso extremo destes referenciais. Assim como o mundo empreendedor, o mundo acadêmico, o mundo do esporte e o universo das artes. Os referenciais bem sucedidos são o que chamamos de celebridades. Ou modelos de sucesso.

Neste sentido, a partir do sec. XX, a indústria da comunicação de massa, e das artes em geral, dimensionou a produção de celebridades. Os ditos heróis do nosso tempo; Ou digamos, personagens da vida real. Aqueles que possuem uma história de conquistas, superação e transformação. Personagens estes que, pelo fato de servirem como modelo a outras pessoas, se tornam produtos a serem comercializados e consumidos pela grande massa.

No mundo atual, que alguns chamam de sociedade do conhecimento ou da informação, ou o que podemos chamar de era da conexão global e interação onipresente, vivemos o ápice da comercialização de subjetividades. Que vai muito além dos mártires e santos. Dos mitos e lendas. Um mundo onde pessoas comuns se tornam modelos a serem seguidos a partir de seus respectivos feitos. Onde compartilhamos da produção e do consumo em massa de celebridades. Cabe a nós, escolher nossos referenciais.

J.P.D.

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