sábado, 15 de setembro de 2012

Mídia - Cultura e Mercadoria


Com o advento das novas tecnologias como a internet, os dispositivos móveis de comunicação e outros mecanismos de interação, aumentou o número de consumidores de conteúdo cultural multimídia. E consequentemente cresceu o número de produtores deste tipo de conteúdo. A mídia deixou de ser mero canal de compartilhamento e expansão da cultura, para se o tornar ambiente de comercialização desta.

Pesquisadores da comunicação já atentavam, no século passado, para a transformação dos produtos culturais em mercadorias. A Indústria Cultural, como era chamada, buscava através da produção e distribuição em massa mercantilizar as mais distintas formas de cultura.

Assim foi com o cinema, como a música e outras manifestações culturais. E assim é hoje com a cibercultura. Cada vez mais blogs, canais de vídeos, álbuns virtuais e redes sociais tornam-se mercadoria a ser consumida pela grande massa. E não só a tecnologia, mas também os networks começam a ser mercantilizados. 

Perfis de usuários tornam-se fruto de desejo de empresas para expandir ao alcance de suas ações de marketing. Públicos seletos selecionados dentro de grupos de interesses, faixa etária, classe social e muitos outros itens cadastrados de forma gratuita pelos usuários em sites de relacionamento e interação.

De fato a indústria cultural está mais viva do que nunca. E muito mais do que a comercialização da tecnologia e cultura, hoje estamos comercializando consumidores. Neste sentido precisamos ter a consciência de que o perfil de cada um, e consequentemente os canais de contato, têm um preço definido e já estão na lista de produtos a serem comprados e vendidos. A mídia, os produtores culturais e os consumidores de conteúdo despertam, agora mais do que nunca, o desejo das grandes organizações.

J.P.D.

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