sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Meios & Mensagens


No século passado o filósofo e educador canadense Marshall Mcluhan publicou uma obra chamada o 'O meio é a mensagem'. Nesta obra Mcluhan colocava que o meio é muito mais do que o simples canal por onde a informação é veiculada. Mas sim é um ambiente determinante no processo comunicacional. 

O meio tende a ser definido como transparente. E desprovido de interferências no processo comunicativo; Salvo os ruídos. Mas Mcluhan contrapõem esta ideia com uma nova visão. Mcluhan entendia os meios de comunicação como extensões dos sentidos humanos. A televisão, o rádio e o telefone eram descritos como extensões de sentidos humanos. A visão, a audição e a fala, por exemplo. Assim como autores atuais, mais recentemente, colocam os pen drives, CDs e DVDs graváveis como extensões de nossa capacidade de armazenamento mental de informações. E como na Idade Média as ferramentas utilizadas na agricultura e na engenharia eram vistas como extensões dos membros humanos no cultivo da terra e na construção. A pá, a inchada, a foice e o martelo.

Na comunicação, assim como na comunhão do mundo material com o espiritual, do mundo real com o imaginário, os seres humanos também podem ser classificados como meios. Ou mediuns como chama o espiritismo. A comunicação entre o plano material e o universo desconhecido, fictício ou sobrenatural se dá através das mentes humanas.

Os homens, assim como as máquinas, são intermediários da comunicação onipresente dos dias atuais. O conhecimento e a informação flui por entre as mentes. Assessorados ou não pelas máquinas. Contudo a tecnologia surge não só como intermediária, mas também como determinante neste processo de globalização e universalização do conhecimento. Extende o alcance desta comunicação. E a capacidade de armazenamento de informações. Das pinturas rupestres, o pairo, o papel e a prensa de Gutemberg...  Às máquinas de datilografia, os disquetes, HDs e discos virtuais. 

Resumindo, pra não fugir demais, mas fugindo, do parágrafo inicial deste texto, podemos dizer que a humanidade é o meio entre o mundo real e o mundo sobrenatural do imaginário e do desconhecido. Auxiliados pela tecnologia ou face a face, cada ser humano incorpora e interioriza os conhecimentos, aprendizagens e entendimentos que adquire. E através do processo comunicativo multiplica ao compartilhar suas experiências com o resto da humanidade. O universo é o meio... O conhecimento divino e o entendimento dos homens é a mensagem. 

J.P.D.

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