quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Inteligências a favor do mundo


Após assistir inúmeros vídeos na internet e ler alguns livros de autores de uma linha de pesquisa que move a minha inquietude por respostas, percebo que não sou o único ser vivo inquieto em busca de respostas. Em meio a individualização da humanidade ainda encontramos pessoas que buscam soluções coletivas. Enfim, a cada resposta que encontro, surgem mais dez perguntas. E cada vez mais sinto que a sabedoria total é um mito, e que a ignorância real dos homens, na qual me incluo, é de fato a realidade nua e crua. 

Às vezes peço ajuda ao meu outro, e ao meu mesmo, sendo eles reais, ou simplesmente figuras do imaginário. Aliás, o imaginário interliga o real ao virtual. Muitas vezes fantasia e realidade coexistem como uma coisa só. Neste contexto devemos ir além de separar uma coisa da outra. Precisamos nos compreender como Homo Sapiens para a partir de então tentar chegar mais perto de uma melhor compreensão da natureza e do cosmos. Luc Ferry compartilha uma filosofia além de Platão, Aristóteles, Epicteto e Epicuro. Uma filosofia que nos desafia a compreender a inteligência humana, dividindo-a e multiplicando conforme graus de separação específicos. Segundo ele existem oito tipos de inteligência; Que podem ser distribuídas em  inteligência lógico-matemática, musical, espacial, intrapessoal, físico, cenestésica, intrapessoal, naturalista e linguística. 

O que Luc Ferry quis dizer é que algumas pessoas podem ser boas em algumas coisas,  medianas em outras e até mesmo abaixo da média em determinadas qualificações e capacidades. Uns são bons com os números, outros com a literatura. Uns nas relações interpessoais, outros compreendem mais a si mesmo, pois vivem em torno do autodescobrimento e se analisam com maior frequência. Contudo, apesar de raro, encontramos pessoas com altos graus de desenvolvimento em áreas distintas. Segundo Ferry é como se o cérebro fosse composto de vários computadores. E cada um cuidasse de uma parte. 

Nitzche e Heidegger já  descreviam a filosofia como uma aprendizagem da reflexão. Forma de emitir criticas, argumentações e fazer reflexões. Tudo isto em busca da boa vida, ou da vida bem sucedida. A sabedoria alcançada com este processo pode trazer a superação de medos e obstáculos, possibilitando assim a salvação dos homens. Tudo isto, quando dentro dos limites da moral dos direitos de cada indivíduo como cidadão, é ético e justo. 

Neste sentido, apesar da tendência global da individualização, devemos seguir buscando o entendimento entre os povos. O bom relacionamento entre as culturas. E que tão importante quanto separar o real do imaginário é ter a compreensão de que a maior parte das coisas que hoje existem, e se fazem reais, partiram antes do imaginário de alguém. Neste sentido, coloquemos nossas mentes para pensar em conjunto e criar novas soluções para velhos problemas. Soluções globais para problemas locais, e vice versa. Usando da melhor forma a criatividade, a inteligência e a imaginação de cada um, construiremos o mundo de amanhã.


J.P.D.

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