sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Comunicação dialógica intrapessoal


Todos sabemos que em um processo normal de comunicação são três as pessoas do discurso. Quem fala, com quem se fala e de quem se fala. Mas não necessariamente os interlocutores seriam mais de um. Podemos falar de nós mesmos conosco mesmos.

Entende-se por diálogo a interlocução entre dois logos. Mas isto não impede que você fale consigo próprio. Parece algo anormal e até mesmo cômico. Mas todo mundo já  se viu em algum momento falando sozinho. Mesmo que seja em pensamento.

É possível que nos desdobremos em mais de um. Às vezes vivemos paradoxos e contradições da duplicidade de intenções e opiniões. Há um lado que quer comprar aquele vestido novo. Há o outro que quer economizar para a viagem de férias. E um terceiro que analisa as duas propostas, cria um dialogo e toma uma decisão. Independente de basear-se no impulso, na conveniência do planejamento ou em uma terceira opção.  Podemos nos desdobrar em muitos mais, colocando-nos em encruzilhadas que por um lado podem multiplicar as escolhas e por outro podem nos trazer a estagnação da dúvida e da indecisão.

O principal de tudo isto é ter uma boa relação intrapessoal. Ou seja, eu ser o meu melhor amigo. Eu buscar me entender. Eu tentar me ajudar. E encontrar o entendimento entre o que penso, o que sinto, o que imagino e o que realmente é real. Falar sozinho, seja através de uma gravação, da escrita ou do simples ato de pensar em voz alta, ao contrário do que parece, não é loucura. Mas sim uma forma prática de buscar o autoconhecimento e aprimoramento do relacionamento intrapessoal.


Juliano Dornelles

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